quarta-feira, 13 de março de 2013

O Futuro Hoje #3


Bem-vindos a mais uma edição de “O Futuro hoje”. A convidada de hoje é a Joana Santos, natural de Lisboa, 19 anos de idade, estudante do 2º ano do curso de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social.


Maria – Olá, Joana! Bem-vinda ao “Futuro Hoje”. Como estudante de Jornalismo, diz-nos como te estás a dar com o teu curso. Estás a gostar?

Joana – Estou a gostar muito. Antes de entrar para este curso, no final do 12º ano, estava bastante indecisa entre Jornalismo e Psicologia. Acabei por decidir vir para Jornalismo porque não sobreviveria em Psicologia para sempre, já que me parece sempre muito rotineiro, e, sinceramente, eu não gosto muito disso! Agora, em Jornalismo, sinto que estou a fazer mesmo aquilo de que gosto.
Maria – Tencionas fazer mestrado?

Joana – Não. Nunca fez parte dos meus planos. Mas tenciono continuar a tirar cursos que proporcionem mais aprendizagem no mundo do jornalismo e, especialmente, no mundo da rádio.

Maria – Como foi a mudança do Ensino Secundário para o Ensino Superior?

Joana – Não foi nada daquilo que eu estava à espera. Achava que ia ser muito complicado, que não me ia adaptar nada bem, que ia ter saudades da “escola pequenina”. Mas não foi nada assim! Conheci imensas pessoas novas, que me abriram muito os meus horizontes, que me deram um mundo novo. Além disso, como vim para Lisboa, que é um mundo totalmente diferente, apesar de só estar na outra margem do sítio onde morava, acabou por quebrar a minha rotina, o que também foi uma lufada de ar fresco. Foi mesmo muito bom! 
Na minha opinião, no Ensino Secundário assusta-nos muito com a entrada para a faculdade. Parece que vai tudo correr mal, mas eu não senti nada disso.

Maria – Já tens ideia do que queres fazer quando acabares o curso?

Joana – Hoje em dia, não estou com esperanças de que seja fácil encontrar trabalho na área que quero mesmo, que é a rádio. Adorava ser animadora de uma rádio. Mas, se me derem trabalho na área da informação ou da produção, seja de rádio, de televisão ou o que quer que seja, também aceito!

Maria – No 1º ano do curso, tu trabalhaste num programa de rádio, o Lusco-Fusco, do qual eu não perdia nenhum programa. Como foi essa experiencia?

Joana – A Escola Superior de Comunicação Social, onde eu estudo, é uma grande escola por isso mesmo. Tem núcleos, como a ESCS FM, onde tu ouvias esse programa, que nos ensinam a trabalhar e a pôr em prática o que aprendemos nas aulas. Para além da ESCS FM, há o nAV (Núcleo de Audiovisual e Multimédia), o E2 (o programa de televisão que passa na RTP2) e é tudo feito por alunos para, essencialmente, alunos. O lema é aprender fazendo. Ora, eu comecei nos noticiários da ESCS FM, na Sebenta e no Sala de Projeção. Tudo informação. Depois, comecei a fazer o Lusco-Fusco, das 18h às 20h, uma vez por semana, em directo. Animação, portanto. Já não faço esse programa. Agora tenho o Estado de Música, aos domingos, às 22h. E contínuo nos noticiários e no Sala de Projeção. Sinceramente, não consigo dizer-te de que é que gosto mais. Tudo é óptimo para me ensinar. Todas as experiências me ensinam imensa coisa para mais tarde. E é como se já estivesse a trabalhar, mesmo! O que é uma óptima sensação.



Maria –Portugal está numa fase complicada. O que tens a dizer sobre isto?

Joana – Acho que, se continuarmos a pensar que Portugal está, de facto, mal, então ele nunca vai passar disso, desse “estar mal”. É preciso fazer mais e fazer diferente e, acima de tudo, apostar em valorizar aquilo que Portugal tem de melhor.

Maria – Portugal está com sérios problemas a nível de desemprego, e uma das áreas mais afectadas é precisamente o jornalismo. O que pensas fazer após terminares o curso?

Joana – Procurar trabalho e, acima de tudo, não desistir!

Maria – Bem, Joana, a entrevista está a acabar. Queres deixar alguma mensagem a alguém ou alguns alunos de ensino superior?

Joana – Para aqueles que vão entrar no próximo ano para o Ensino Superior, escolham aquilo de que gostam e não vão atrás de opiniões alheias. Se eu tivesse ido atrás das opiniões das outras pessoas, hoje em dia, provavelmente, ainda estava a tentar acabar Matemática A, ou, então, estava na FCSH, e não tinha sequer experimentado fazer aquilo que aprendo, em teoria, nas aulas. O importante são vocês.
Para os que já estão no ensino superior, boa sorte! 



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O Futuro Hoje #2 - Susana Sobral


Bom dia a todos, bem-vindos à 2ª edição de “O Futuro hoje”.
A convidada de hoje é a Susana Sobral, natural de Lisboa, 21 anos de idade, estudante do 1º ano do curso de Planeamento e Gestão do Território no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa.



Maria – Olá Susana, bem-vinda ao “Futuro Hoje”. Estás a estudar Planeamento e Gestão do Território, diz-nos como te estás a dar com o teu curso. Estás a gostar?

SusanaEstou a gostar bastante, sinceramente nunca pensei que iria gostar tanto visto que Planeamento e Gestão do Território não foi a minha primeira opção.

Maria – Qual foi, então, a tua primeira opção?

Susana - Comunicação Social mas não consegui media suficiente.

Maria – Tencionas fazer mestrado?

SusanaGostaria porque em Portugal apenas com uma licenciatura não se consegue muito, mas tudo vai depender também das condições económicas dos meus pais para conseguirem pagar a licenciatura e mestrado.

Maria – Como foi a mudança do Ensino Secundário para o ensino superior?

Susana - É uma grande mudança, são as portas de um novo mundo a abrirem-se, é complicado no inicio mas quando se torna habito não se quer outra vida

Maria – Já tens ideia do que queres fazer quando acabares o curso?

SusanaEm Portugal possivelmente irei trabalhar numa câmara municipal ou junta de freguesia 

Mas terei mais oportunidades la fora, em países em
desenvolvimento ou subdesenvolvidos


Maria – Portugal atravessa um período mau, o que tens a dizer sobre isto?

SusanaAcho que isto nunca esteve bom mas agora está pior, Jovens adultos sem maneira de adquirir experiência para poderem ser aceites em algum trabalho, imensas pessoas licenciadas no desemprego, pessoas demasiado novas para a reforma e demasiado velhas para trabalhar pais sem terem o que dar de comer aos seus filhos. Acho que estamos a chegar a um desgaste tal que maior parte da população portuguesa já não consegue olhar pro futuro e ter esperança.

Maria – Atrás falas-te da dificuldade de ter um emprego em Portugal mas referiste também as possibilidades no estrangeiro e um dos grandes problemas em Portugal é, sem dúvida, o desemprego.  Qual a tua principal opção?



SusanaAdorava ficar no meu país, mas acho que isso era o que todos os que já emigraram pensavam e no final viram-se obrigados a faze-lo. 

Possivelmente deverei sair do país, irei para um
pais que me consiga apoiar, que me disponibilize meios para conseguir trabalhar
na minha área.


Maria –E já tens algum país em mente?

SusanaNão, ainda não.

Maria – Fora disso, sendo tu estudante de Planeamento e Gestão do Território, o que achas do planeamento territorial no nosso país?

Susana - Sou do primeiro ano e ainda estou no inicio do curso mas consigo dizer que não estamos muito mal, no que toca aos transportes, existe uma boa rede que liga Portugal de Norte a Sul e quando se fala de habitações nota-se que existe ainda um contraste entre um bairro de ricos e um bairro de pobres, ainda existem algumas zonas consideradas muito perigosas, mas com o tempo isto poderá mudar, um planeador elabora o seu plano mas pode levar anos para que esse plano sai-a do papel e finalmente chegue ao território.

Maria – Susana, a entrevista está a chegar ao fim, há mais alguma coisa que queiras dizer, ou uma mensagem que queiras mandar?

SusanaGostaria que um dia eu, todos aqueles que neste momento se encontram no inicio do seu curso e aqueles já licenciados conseguíssemos trabalhar em Portugal na nossa área, com boas condições de trabalho e que no final fossemos valorizados por isso.

Maria - Bem dito! Obrigado Susana e até à próxima!

sábado, 1 de dezembro de 2012

O Futuro Hoje #1 - Susana Marques


Saudações caros leitores, sejam bem-vindos ao novo espaço de entrevistas, “O Futuro hoje” que retrata os objectivos dos jovens de hoje em dia, num país que está no fundo do poço.
A convidada de hoje é a Susana Marques, natural do Barreiro, 19 anos de idade, estudante do 2º ano do curso de História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.



Maria – Olá Susana, bem-vinda ao “Futuro Hoje”. Como estudante de História, diz-nos como te estás a dar com o teu curso. Estás a gostar?

Susana – sim estou a gostar, é uma área pela qual eu me interesso bastante, e não me via noutro curso.

Maria – Tencionas fazer mestrado?

Susana – sim, acho que só a licenciatura não basta, nem para este curso nem para nenhum outro.

Maria – Como foi a mudança do Ensino Secundário para o ensino superior?

Susana - Adaptei-me muito bem ao ensino superior, contudo notei uma grande diferença, entre os dois, é um ambiente complemente diferente, onde o professor é muitas vezes uma figura distante e onde, pelo menos no meu curso, não existe um conceito de turma, até porque as turmas são enormes e mudam consoantes as cadeiras e os horários. Existe uma grande liberdade, por exemplo a ida as aulas não é de todo obrigatória, no entanto convém haver uma grande responsabilidade da nossa parte, se não acabamos por nos perder.

Maria – Já tens ideia do que queres fazer quando acabares o curso?

Susana – Tenho alguma ideias, mas é provável que mude até acabar o curso, gostava imenso de trabalhar numa câmara municipal, na área da cultura.

Maria – Todos sabemos que Portugal está a atravessar uma crise profunda. O que achas de Portugal actualmente, e do Portugal de antigamente, visto que és de História?

Susana – Há uma ideia comum que o antigamente é que era bom, não concordo, existiram períodos melhores que outros, sem duvida, mas foram períodos curtos, que muitas vezes não duraram sequer um século. Basta ler alguns dos principais autores da nossa literatura, como Eça de Queiroz, para ver que o estado em que o país se encontra é algo que se arrasta desde há muito tempo. Acho que o verdadeiro problema, é que nunca soubemos aproveitar o que temos. E acabamos por nos enterrar no nosso próprio marasmo. A nossa história é longa e devemos a cima de tudo orgulharmo-nos dela, mas sobretudo, aprender com os erros que já se cometeram. Porque se isso fosse feito, acho que a situação do país seria bem diferente.

Maria – Visto que no nosso país o desemprego reina, o que pretendes fazer?

Susana – Pretendo tentar a minha sorte. E não cruzar os braços quando surgirem as adversidades



Maria – E vais tentar a tua sorte em Portugal?

Susana – Sim. Não quero imigrar gosto demasiado do meu país. Imigrar será o meu último recurso

Maria – Agora uma pergunta diferente. O que achas-te da nova medida implementada pelo governo, de que o ensino secundário deverá pagar propinas?

Susana – Acho de tal forma ridícula, que só acredito quando vir.

Maria - Sendo que um dos principais objectivos do governo, a nível da educação, é fazer baixar a taxa de abandono escolar, será que isto não irá contribuir mais para o seu aumento?

Susana - Claro que vai. Estão a tornar o ensino secundário, num ensino elitista. Ou seja não tarda muito só os filhos das pessoas com posses é que vão ter direito à educação.

Maria - Bem Susana, a entrevista está a acabar. Queres deixar alguma mensagem a alguém ou alguns alunos de ensino superior?

Susana - Bem que aproveitem, porque os anos em que andarem na faculdade são os melhores da nossa vida. Divirtam-se muito, mas estudem também. Há que haver um certo equilíbrio.

Maria - Obrigado Susana, até à próxima!

Portugal fora do ESC?



Ora confirmam ora negam. Mas é certo que Portugal está em risco de não participar no ESC 2013 (Festival Eurovisão da Canção) a ser realizado em Maio, em Malmö, Suécia.
Em comunicado, um representante da RTP afirmou a falta de dinheiro para levar um representante português   à Suécia e que já teria sido confirmado com a organização do evento. No entanto, decidiram voltar atrás na decisão e têm como data limite dia 15 de Dezembro para dar a confirmação. 
Não deixemos que isto aconteça. Queremos Portugal na Suécia!
No lado superior direito do blogue, encontra-se uma sondagem, toca a votar!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O diário de uma Portuguesa #1

Olá meus caros, 
pois é, este blogue ressuscitou e confesso que senti muito a falta dele.

Hoje deu-me na ideia de escrever o que sinto em relação ao meu país. Como grande parte dos leitores eu sou portuguesa, natural do Barreiro e orgulho-me de ter a nacionalidade que tenho. Sou de um país com muita história e com muitos sucessos ao longo dela. Desde a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama e a sua tripulação, a descoberta do caminho marítimo para o Brasil, os nossos grandes artistas desde escritores (Fernando Pessoa, Luís de Camões, Sophia de Mello Breyner, etc), desportistas (Nelson Évora, Naide Gomes, Cristiano Ronaldo, etc), pintores (Paula Rego, etc), etc. O que é facto é que o povo português sempre foi um povo de coragem, um povo culto e um povo socialmente bem sucedido.
   Acontece que tudo mudou. Temos um governo que está a arruinar o que ainda resta de Portugal. O povo mantém a coragem de "atacar" o governo, de o tentar derrubar e acredito seriamente que o povo vencerá. Todos sabem que o nosso país passa por um período de séria dificuldades e o dinheiro por vezes, em muitas famílias, não chega para comer, muito menos para o resto. No entanto, temos um "camelo" que ganha 10 mil euros por mês a chamar-nos de "piegas" e um presidente da republica que ao ganhar o que ganha tem o descaramento de dizer que o seu ordenado não lhes dão para as despesas. E ainda dizem para nós, portugueses, fazer-mos um esforço e abdicarmos de certas coisas. Mas abdicar de quê? Os portugueses só fazem 2 coisas com o dinheiro que recebem: pagam contas e comem. O povo já nem tem como se divertir, não tem dinheiro para visitar um museu para que possa aumentar a sua cultura, não tem dinheiro para um jantar em família... o natal aproxima-se e o que à cerca de 5 anos atrás era um dia de alegria, para ser passada em família, com felicidade e ver as crianças (e adultos também) felizes a abrirem os seus presentes, agora tornou-se num dia de tristeza, relembrando o que acontecia antigamente, em que havia algum dinheiro para tudo o que referi anteriormente. Mas esses "sacanas" que se queixam da falta de dinheiro estarão à mesa, de papo cheio e o povo estará a observar... A pensar como é possível existir tanta sacanagem.
   Os estudantes revoltam-se porque os preços dos passes são elevadíssimos, as propinas do ensino superior são totalmente exageradas, perdem milhares de euros para no fim de tudo ficarem no desemprego. E agora ainda querem pôr propinas no ensino secundário? 
   Os serviços de saúde vão sendo escassos porque o governo vai fechando hospitais, um a um, e queixa-se de "pieguisse"? Um individuo que more numa "terrinha" como Bencatel ou Redondo tem de percorrer cerca de 40 km para chegar ao hospital mais próximo! E isto acontece em muitas outras outras vilas e aldeias. Aliás, isto é bastante frequente em Portugal. Continuo a dizer que me orgulho de ser portuguesa mas de momento, a única solução é mesmo "fugir" do nosso próprio país.
  Com esta gente reles no governo, não dá para viver! E muita coisa há ainda por dizer.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011